Pedro Toscano, Administrador da Lock, entregou à Vida Imobiliária alguns insights sobre o futuro dos escritórios frente à pandemia COVID-19:
Com a atual pandemia e a incerteza do fim ou regresso da mesma e da descoberta de uma vacina todos os sectores da economia serão atingidos e o mercado de escritórios não ficará imune.
Com a contração económica as empresas estarão focadas na sua liquidez e custos pelo que no curto prazo é provável que adiem os seus planos de expansão ou mudança e considerem inclusive em reduzir espaço e valores de arrendamento.
Será necessário comprovar a eficácia do trabalho remoto e perceber o impacto do confinamento nas empresas para se perceber qual será o resultado a longo prazo.
Com a globalização e digitalização do mundo associado à necessidade de existir uma economia ambiental sustentável, a tendência, visível já em muitas empresas, passará pela reorganização e reconfiguração dos atuais espaços de escritórios que ocupam, sem desvirtuar a função que um espaço de escritórios tem em construir e reforçar a cultura de uma empresa e promover o relacionamento social entre os seus colaboradores
A pandemia veio acelerar este processo.
Em 2030, 2/3 da população mundial viverá em centro urbanos e prevê-se um acréscimo de 10 novas cidades com mais de 10 milhões de habitantes pelo que reportando esta realidade ao nosso país é previsível que a procura de escritórios aumente no médio, longo prazo face a uma oferta que tem demonstrado ser insuficiente para responder às necessidades da procura.